Com a devida vénia transcrevo do blog Direitos Outros: «O Ministério Público, que tem legitimidade para interpor recursos de revisão, quantos interpôs nos últimos 30 anos? E, não os tendo interposto, em quantas situações diligenciou no sentido de averiguar a possibilidade de os interpor». Texto integral aqui.
E ao ler recordo o primeiro encontro que tive, em Janeiro de 1971, com o Advogado Ângelo de Almeida Ribeiro, meu Bastonário, um exemplo de rectidão e de desassombro cívico, e o desencanto com que me ofereceu uma sua separata sobre um seu recurso, minuta que publicara no Jornal do Foro, e a dedicatória em que, como num lamento, me deixou aquele testemunho «para que pressinta neste trabalho o anseio por uma Justiça melhor e veja nele o palpitar dum drama judiciário, em que a Justiça dos Homens foi, mais uma vez, imperfeita e impiedosa». Tinha eu 22 de anos de esperanças e uma vida pela frente, de ilusões.