Esgravato mais uma folhas para uma biografia de há muito prometida e esboçada, em primeiro ensaio, para um livro sobre Figuras do Judiciário [séculos XIX e XX] sobre José Maria Vilhena Barbosa de Magalhães, filho de José Maria Barbosa de Magalhães, dois notáveis jurisconsultos aveirenses, e encontro-me ante duas realidades: a mais completa confusão entre ambos, assumindo-se como sendo de um a biografia que é do outro, isto em espaços onde a asneira é livre, como a Wikipedia, que tantos, por preguiça tomam como referência única, mas até em locais respeitáveis, como a do espólio depositado na Biblioteca Nacional.
Hoje o acaso das pesquisas, esse interminável fio de Ariana, conduziu-me até uma folha solta da Gazeta da Relação de Lisboa, a publicação que começou por ser de dois escrivães e que, adquirida por Barbosa de Magalhães, pai, seria nas mãos do filho arma de arremesso contra o regime do Estado Novo até que, apertada, por causa de um artigo sobre a Concordata com a Santa Sé, pela Censura, encerrou para não se submeter ao Exame Prévio.