Creio não seria necessário dizê-lo: crítico quanto à assimetria com que foram tratados por lei os advogados no que se refere ao modo de cumprirem os seus deveres legais ante a circunstância grave de pandemia que se vive, estou certo que a advocacia saberá estar à altura do seu mandato e não prejudicar os interesses que lhes estão confiados.
Assim tem sido, sempre ante a adversidade pela qual, doentes ou não, sabem que a lei não permite com esse fundamento serem adiados os actos processuais em que tenham de intervir. A magra garantia do justo impedimento não protege, o critério com que é aplicado não ajuda.
Não falo de mim neste espaço no que à minha profissão respeita. Mas para que fique a ideia de que escrevo sobre o que vivo, logo em um dos primeiros dias da próxima semana terei de estar numa diligência processual e de reunir presencialmente para me preparar para ela. E ir ao escritório porque haverá correio, ao que julgo, e há o que chega por fax. Enfim, trabalhar, como tantos milhares de concidadãos.
Não sou, não somos, mais do que eles, mesmo quando parecemos sermos menos do que alguns outros que da Justiça se reclamam.